segunda-feira, 15 de maio de 2023

AULA 2 -TEMA 7: SEGMENTO DO FUMO EM ANUNCIOS IMPRESSOS, REVISTAS E JORNAIS

 SEGMENTO DO FUMO EM ANUNCIOS IMPRESSOS, REVISTAS E JORNAIS

1920 a 1949

(imagem meramente ilustrativa)

Durante boa parte do século XX, a indústria cultural fabricou uma imagem do cigarro e do fumante como símbolos da virilidade e até mesmo do romantismo.

No século XX, a mensagem das propagandas de cigarro sempre foi muito clara: associava o produto a um estilo de vida glamoroso e moderno. Fumar era o mesmo que se afastar conservadorismo; era ter estilo próprio, símbolo de juventude e independência. O discurso visava conquistar principalmente o público mais jovem.

Durante as décadas de 1920 a 1949, o segmento de fumo teve um papel significativo na publicidade impressa em jornais, revistas e placas. Nesse período, a indústria do tabaco experimentou um crescimento significativo, tornando-se uma das principais fontes de receita para muitas empresas.

Em 1903, foi criada a primeira fábrica de cigarros no Brasil, a Souza Cruz, que se tornaria a maior empresa do setor no país. A empresa adotou técnicas modernas de produção e investiu em publicidade, o que contribuiu para o aumento do consumo de cigarros no país.

Cigarros Continental 


Brasão da República com folha de tabaco

O consumo de tabaco era considerado um hábito prejudicial à saúde e, em 1904, foi criada a Liga Contra o Fumo, uma organização que lutava contra o tabagismo e defendia medidas regulatórias para o controle do consumo de tabaco.

 Em 1906, foi promulgada a primeira lei de controle do tabaco no Brasil, que proibia a venda de cigarros para menores de 21 anos e estabelecia que os rótulos dos cigarros deveriam conter avisos sobre os efeitos nocivos do tabaco à saúde.

Ao longo do século XX, o controle do tabaco no Brasil foi se tornando mais rigoroso, com a proibição do fumo em locais públicos fechados e a adoção de políticas de aumento de impostos sobre o cigarro, visando desestimular o consumo.

Mercado:


O mercado do segmento de fumo era bastante diversificado, incluindo homens e mulheres de diferentes idades e classes sociais. As empresas de tabaco perceberam que poderiam criar marcas específicas para diferentes segmentos de consumidores, oferecendo uma variedade de produtos que atendessem às preferências de cada grupo.

Cigarro do América Futebol Clube

Público-alvo:


Os anúncios impressos de fumo eram direcionados principalmente para homens adultos, considerados os principais consumidores de tabaco na época, exploravam o apelo da imagem de virilidade associada ao fumo, sugerindo que o consumo do produto aumentava a masculinidade dos homens.

Cigarros Marlboro (Chegada no Brasil)


Algumas marcas também visavam mulheres, que começaram a fumar com mais frequência durante as décadas de 1920 e 1930.

Cigarro LS (Elegância)

Na década de 1980, o cigarro tinha até mesmo a sua propaganda exclusiva para o público infantil. A marca “Pan”, por exemplo, produzia as famosas caixinhas de “cigarros de chocolates”, tendo na capa a figura de crianças fumando.

Cigarros de chocolate PAN


Tecnologia:


A tecnologia utilizada na produção e publicidade de fumo durante esse período era relativamente simples, se comparada às tecnologias atuais. As placas publicitárias eram geralmente feitas de metal ou madeira, com letras e imagens pintadas à mão. Os anúncios impressos em revistas e jornais eram produzidos em máquinas tipográficas e impressoras offset. 

Publicidad de la máquina tipográfica La Productiva. (Barcelona, año 1900)

As empresas também investiam em campanhas de marketing que incluíam brindes, promoções e eventos patrocinados para divulgar suas marcas.


Calendário da Sousa Cruz 80 anos (1903 1983)
 

No entanto, vale lembrar que esse período também foi marcado por uma crescente preocupação com os efeitos negativos do tabaco na saúde. Ainda assim, a publicidade de fumo continuou a ser uma ferramenta importante para as empresas, contribuindo para o crescimento da indústria até a década de 1950, quando as restrições à publicidade de tabaco começaram a ser implementadas em todo o mundo.

 

Grupo: Pedro Henrique e Bruno Otilio.

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