segunda-feira, 15 de maio de 2023

Atividade: Aula 2 / Grupo 5 - A fama das fotonovelas e das cantoras de rádio nas revistas da época

 A fama das fotonovelas

       As fotonovelas surgiram na década de 1940, na Itália pós-Guerra, em revistas que publicavam adaptações de filmes para os quadrinhos. O sucesso da fotonovela foi, de fato, proporcionado pela popularização do cinema nesta época. No Brasil entre 1949 e 1980, cerca de trinta títulos de revistas de fotonovelas foram publicados. Destes, os maiores foram Grande Hotel, Sétimo Céu.
       Na questão da importância na comunicação social utilizando se fotonovelas, Cláudio Machado Júnior (2006, p. 51) afirma que: “Em páginas de revistas encontram- se vestígios de um passado. Ao folheá-las com os dedos, múltiplas informações culturais apresentam-se sintetizadas num espaço diagramado em papel, como se ordenadas também fossem as relações que regem as sociedades”.

  • Revista Grande Hotel - Iniciada em 1947
       Sua primeira publicação em 1947 no Rio de Janeiro, o folhetim era de publicação da Editora Vecchi. Grande Hotel foi uma revista de variedades e romances que teve como alvo principal o público feminino. Ela buscava cativar suas leitoras por meio de histórias românticas e intrigantes, utilizando diferentes formatos ao longo do tempo. Seja por meio dos quadrinhos com suas narrativas cheias de mistério, aventura e fantasia, ou através das fotonovelas, a revista proporcionava momentos de lazer e emoção para suas leitoras.


Cantoras de rádio e revistas

       Elas foram as cantoras do rádio e levaram a vida a cantar, embalando os sonhos dos ouvintes num tempo que a imagem dos artistas ainda não era importante, que a sedução vinha por meio de suas vozes.

  • Aracy Cortes (1904-1985)

       Primeira grande cantora popular brasileira, foi praticamente a única a fazer sucesso na década de 1920, quando, até então, os grandes nomes eram de vozes masculinas. Projetou-se através do teatro de revista que na época reunia a nata do meio artístico. Interpretou em primeira audição composições de Ary Barroso, Benedito Lacerda, Assis Valente, entre outros. Estreou no Teatro Recreio em dezembro de 1921 na revista de J. Praxedes. Foi a primeira estrela de revista a excursionar ao exterior, quando em 1933 o empresário Jardel Jércolis levou uma companhia de revistas, da qual ela era estrela, à Europa.


Revistas que trabalhou : Que pedaço, Laranja de China, Concurso de beleza, Rumo ao Catete.


         O perfil de Aracy Côrtes no cartaz da peça Pátria Amada A Noite 02 de Janeiro de 1930.


A Noite Illustrada, 1934.


  • Carmen Miranda(1909-1955)
       Maria do Carmo Miranda da Cunha, artisticamente conhecida como Carmen Miranda (Canaveses, Portugal, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, Estados Unidos, 5 de agosto de 1955), foi uma cantora, atriz e dançarina luso-brasileira. Com fama internacional, Carmen Miranda era chamada de “A Pequena Notável” e "Brazilian Bombshell" (brasileira sexy e atraente).Carmen Miranda, portuguesa de nascimento e brasileira de criação, foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio no Brasil.Em 1929, Carmen foi apresentada ao compositor Josué de Barros, profissional que a inseriu em teatros e clubes.A partir de 1930, Carmen Miranda entrou de vez no mundo da música, cantando na Rádio Sociedade. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana a receber uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.
       A imagem de Carmen sempre esteve atrelada à arte e ao consumo. Para Raslan (2014), os filmes protagonizados por ela podem ser considerados produtos desse consumo, sendo eles os melhores meios de propagação da figura de Carmen, contribuindo para ela se tornar um bem midiático. “Carmen Miranda foi alicerce de relacionamento entre países distintos e inseriu no mercado um pouco da identidade brasileira, tornando sua imagem comercializáveis internacionalmente.







  • Aracy Telles de Almeida (1914-1988)
       Aracy Telles de Almeida nasceu no subúrbio do Rio de Janeiro em uma família evangélica. Do Encantado, na Zona Norte, conseguiu trabalhar nas principais rádios e gravadoras das décadas de 1930 e 40, emplacando sucessos nos carnavais. No decorrer da vida, ela gravou inúmeros compositores de música popular brasileira, como Noel Rosa, Wilson Batista, Antônio Maria, Vinícius de Moraes, Dorival Caymmi e Caetano Veloso, entre muitos outros.
       Nascida em 19 de agosto de 1914, Aracy começou a cantar em festas, casas de candomblé, na igreja Batista e em escolas de samba. Gravou pela primeira vez em 1934, aos 20 anos, duas marchinhas de Carnaval pela gravadora Colúmbia, acompanhada por Pixinguinha e sua orquestra.










  • Odete Amaral- (1917- 1984)
       A cantora Odete Amaral nasceu na cidade fluminense de Niterói, em 28 de abril de 1917 e faleceu em 11 de outubro de 1984.Tinha muito boa voz e então era convidada sempre a cantar em festas da escola, em festas de aniversários de amigos e até em teatros.Sua irmã a admirava e então a levou para um teste na Rádio Guanabara, em 1935. Acompanhada por Felisberto Martins ao piano e por Pereira Filho ao violão, Odete cantou: “ Minha Embaixada Chegou”, de Assis Valente e foi aprovada com louvor.
       Com o sucesso do teste, foi convidada para cantar no programa:: “Suburbano”. Depois, Almirante, que era muito importante no rádio da época, a convidou para a Rádio Clube do Brasil. Em seguida foi para a Rádio Ipanema. E assim esteve em várias emissoras, como: Sociedade, Philips e Cruzeiro do Sul. Em seguida , atuou em teatro, cantando: “Ganhou, Mas Não Leva”, de Milton Amaral, no Teatro João Caetano.
       Em 1936, gravou seu primeiro disco , pela Odeon. Cantou os sambas: “ Palhaço”, de Milton Amaral e Roberto Cunha e “ Dengoso”, também de Amaral.




Autores: Beatriz Marques, Daniel Farias, Danielle Araújo, Filipe Chaves, Lizandra Rodrigues e Maria Eduarda Lima

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