segunda-feira, 8 de maio de 2023

Atividade aula 1/ grupo 2: Regime escravocrata brasileiro e a visão comunicativa da comercialização do mercado negreiro.


Tema completo:  pesquisar e postar sobre  o regime escravocrata no Brasil, o mercado negreiro,
sempre sobre a ótica da comunicação, da exploração  e os formatos de comercialização
escravos. Uma mácula na nossa história que não podemos deixar de estudar. Sempre
ilustrando e dando exemplos nacionais e regionais quando houver.

Participantes: Leonardo Ribeiro, Kamilly Costa, Victória Silveira, Helder Prado, Fabricia Moreira
e Myckaella Geovanna


Regime escravocrata brasileiro e a comercialização do mercado negreiro



A escravidão é uma das partes mais importantes da história do Brasil, além de ter sido uma das atividades que mais movimentavam a economia brasileira no século XIX. Era grande a quantidade de anúncios de pessoas comprando, vendendo, alugando e até mesmo procurando escravos que haviam fugido. Estima-se que até 1888 foram publicados cerca de um milhão de anúncios de escravos. Tais anúncios são considerados os primórdios dos classificados impressos. No decorrer dos anos, estudos da história do Brasil identificaram que esses anúncios eram divididos em categorias. Sendo elas: Anúncios de aluguel, de compra, de venda e até mesmo de fuga. Veja exemplos de cada categoria: 


Aluguel


Existiam casos de pessoas que precisavam de mais escravos por um determinado período de tempo e, para isso, procuravam por aluguéis.



Compra


Um dos casos mais comuns eram os de compra. Aqueles que estavam à procura de novos escravos publicavam anúncios com as características que queriam e aguardavam os vendedores entrarem em contato.



Venda


O outro extremo: os anúncios de vendas de escravos. As vendas se davam pelos mais diversos motivos. Recusa de servir ao antigo dono, idade e até mesmo gravidez.




Anúncios de fuga


Na segunda metade do século 19, as fugas de escravos tornaram-se mais frequentes e os anúncios eram a maneira mais eficaz para tentar recuperar um fugitivo.


  


                                                                                                                                       



A presença destes anúncios foi uma característica presente nos jornais do país, por um longo período, e não podem ser esquecidos. São provas documentais de um passado triste da história do Brasil, cicatrizes em nossa trajetória que nunca serão curadas.


Nesse sentido, foi somente no século XIX que começaram a surgir mudanças dentro do sistema econômico brasileiro que estava vigente até o momento. A justificativa para esse fim de sistema escravocrata tem relação tanto quanto às mudanças ideológicas mundial, quanto ao alto e elevado custo que a mão de obra escrava estava tendo


A proibição da mão de obra escrava no Brasil só veio a acontecer em 1850 com a lei Eusébio de Queiroz. Porém, a proibição definitiva só ocorreu de verdade em 1888 com a lei Áurea. Já no século XX, a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU em 1948 declarado no artigo IV que:                                                                                                                                                   

  "Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.".


Mesmo sendo um assunto sombrio por trás da história do Brasil, nunca deve-se entrar no esquecimento da população para que não ocorra a repetição de toda a crueldade e maldade por trás desse sistema desumano e desigual.


*Todos os anúncios aqui apresentados são do jornal Correio Paulistano, veiculados entre os anos de 1857 e 1879.


Nenhum comentário:

Postar um comentário