A comunicação e o "mercado da guerra" têm uma longa história que remonta aos tempos antigos. Durante as guerras, os governos, líderes militares e empresas de armamento têm usado a comunicação para recrutar soldados, incentivar o apoio público à guerra e promover sua própria imagem e ideologia.
A campanha de recrutamento é um exemplo de como a comunicação tem sido usada para mobilizar a população durante as guerras. Durante as duas guerras mundiais, por exemplo, os governos dos países envolvidos em conflitos usaram diversos métodos de recrutamento para convencer os homens a se alistar no exército.
Os anúncios nacionalistas nos periódicos, placas de rua e cartazes também têm sido uma forma de comunicação usada durante as guerras para promover o patriotismo e a unidade nacional. Esses anúncios muitas vezes apresentam imagens simbólicas e slogans que visam fortalecer o orgulho nacional e incentivar o apoio popular à guerra.
A PROPAGANDA
O objetivo da propaganda de guerra é comunicar com um público alvo considerado inimigo e convencê-lo. A propaganda política baseia-se, sem restrições, no engano e no constrangimento. Ao contrário da propaganda comercial, essencialmente emocional, a propaganda política é preferencialmente intelectual, é uma ciência, cuja mensagem é tendenciosa e vaga, onde a linguagem é ambígua e aponta para uma alteração de atitudes e alteração da vontade consciente. As nações usou cartazes de propaganda como meio de justificação do seu envolvimento no conflito, mas também como meio de recrutar homens, dinheiro e outros recursos para sustentar a campanha militar.
A propaganda é cada vez mais sofisticada e utiliza cada vez mais o recurso à publicidade. Trata-se de manipular consciências, "vender ideias". Perante isto podemos dividir a propaganda em dois grupos a "propaganda branca", quando se conhece a fonte e a "propaganda negra" ou "contrapropaganda" cujo objectivo é a desinformação que provem do "inimigo". No período da Grande Guerra a imprensa foi utilizada como um meio de divulgação de propaganda, ou seja, para a implementação de ideias, a par do terror, da tortura e do genocídio.
Para aumentar a eficácia da propaganda é simultaneamente institucionalizada a censura, que impede a comunicação da realidade e leva a comunicação escrita (jornais e revistas) a inventar notícias, ou seja, é decidido ocultar as derrotas e magnificar as vitorias.
Os Cartazes
Os cartazes eram o meio mais visual de comunicar a propaganda, através das suas frases directas, do volume e da cor. Assim, a cor amarela simboliza a riqueza, a alegria e a frivolidade. O laranja a glória e o progresso. O azul a lealdade, a honradez e a calma. O verde a esperança, o vermelho a paixão e a violência. O preto a morte e a solenidade. o Branco a pureza e a inocência. O cinzento a antiguidade, velhice e tristeza.
A mensagem do cartaz é precisa e explícita, contando que o público alvo apenas se debruça sobre a imagem por alguns segundos, face ao qual apresentam características comuns a todos eles:
Simplificação da mensagem e um inimigo único (leit-motiv)
Exagero e desfiguração do tema elegido
Transformação ou utilização de mitos e preconceitos tradicionais
Unanimidade e contágio na divulgação da opinião mais generalizada
Testemunho, visão oficial e respeito pelo poder institucional
Linguagem coloquial, coerente e persuasiva
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