terça-feira, 9 de maio de 2023

Aula 1/ Grupo 2: O Regime Escravocrata no Brasil, uma ótica da comunicação.

 Aula 1/ Grupo 2:  O Regime Escravocrata no Brasil, uma ótica da comunicação. 


Ainda que o Brasil seja um país bonito por natureza, carrega consigo cicatrizes de uma história cruciante.


 Sendo o país das Américas que perdurou a escravidão por mais tempo, o Brasil até hoje é lembrado pela exploração dos africanos e seus descendentes. O regime escravocrata moldou a sociedade brasileira, sua economia, cultura e comunicação.


Durante esse período, milhões de africanos foram capturados, transportados e vendidos ao Brasil para trabalhar nas maiores produtoras de renda da época:  plantações de açúcar, café, algodão e mineração. Além disso, o serviço escravo doméstico era um trabalho comum.





 Para o tráfego negreiro, a comunicação foi essencial para a realização de negociações e transações comerciais. A comunicação portava 3 fases para tráfego bem sucedido.

 

1 – Negociação de preço e quantidade, entre traficantes europeus e líderes tribais africanos.   



2 - Durante o transporte, a comunicação servia para impor a ordem e controlar os escravos nos navios.





3 – Com a chegada ao Brasil, os traficantes se comunicavam com autoridades locais, comerciantes e proprietários de escravos.


 





A comunicação como agente facilitador na venda de pessoas: 

A relação ampla entre o mercado negreiro e a comunicação nesse período foi indispensável. Surgindo em vertentes de estratégias, vendas e revoltas, a comunicação foi o principal aliado na engrenagem da fase escravocrata do Brasil. 

Em primeiro lugar, a sustentação do mercado negreiro por meio da comunicação foi utilizada para legitimar e prolongar o sistema de exploração dos povos africanos no país. Diante do exposto, os discursos pró ato ganharam força, principalmente no meio político, artístico, religioso e por donos de escravos. Tais discursos, eram proferidos pelos meios de comunicação, principalmente por livros, cartas, discursos políticos e jornais. 




O jornal, em princípio, se torna o protagonista na realização dos discursos de sustentação. Eram usados para propagar ideologias que justificassem a escravidão como processo natural e necessário, também como alocução racista. 




Outrossim, utilizavam os jornais para divulgar as vendas de escravos e promover informações sobre o mercado negreiro, o qual gerou a venda e revenda de escravos dentro dos Estados e contribuiu para o afastamento de africanos da mesma família, a perda de cultura e o sofrimento em massa. 






Se por um lado as cicatrizes desse período são cruciantes, por outro lado o país bonito por natureza se mostrou gigante na luta contra as condutas racistas e exploratórias do regime.

Escravos e Abolicionistas impulsionaram debates anti-racistas em reuniões clandestinas, panfletos e em jornais denominados “Jornais Abolicionistas”. 




                            Região de Goiás 


A região de Goiás teve ações diferentes por conta da geografia, política e economia local. Em primeiro plano, Goiás teve sua economia focada na mineração de ouro, assim aumentando a demanda de mão de obra e intensificando o contrabando de escravos. 

Com o passar do tempo, Goiás teve uma mudança drástica diante da renda, passando a se dedicar à produção de alimentos, tecidos e couro. Nesse tempo os escravos se concentraram nas áreas rurais e engenhos. 

Houve exacerbada resistência e revolta entre os escravos em oposição ao trabalho desumano e à violência. 




 O começo da liberdade 

A notícia da abolição da escravidão foi anunciada no dia 13 de maio de 1888 através de edições especiais em jornais. A data foi muito comemorada e reconhecida como “A vitória da liberdade e da civilização”.

Autores: Ítalo Mortari, Lethícia Pires, Edirley Junio.

Autores: Edirley Junio, Ítalo Mortari, Lethícia Pires 

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